Em tempos de transformação digital, investir em infraestrutura de TI é fundamental para qualquer empresa — de grande, médio ou pequeno porte.
Nos mais variados setores do mercado, colocar a tecnologia para trabalhar a seu favor se tornou um diferencial valioso para quem quer ser mais competitivo.
Não é à toa que a perspectiva para 2023 é um aumento significativo nos investimentos em TI. O Gartner, por exemplo, projeta que as cifras globais devem alcançar a marca dos 4,3 trilhões de dólares. Trata-se de um aumento de mais de 5% em relação ao investimento em TI em 2022.
Ainda assim, é natural se deparar com algumas dúvidas na hora de criar, gerenciar e aprimorar a infraestrutura de TI. Afinal, o que exatamente constitui essa infra? Qual sua importância para uma organização? Como usá-la de maneira estratégica para os negócios?
Se quer a resposta para essas e outras perguntas sobre o tema, você está no lugar certo. Neste artigo especial sobre o assunto, reunimos as informações essenciais para você ajustar as velas da TI e impulsionar sua empresa. Confira!
O que é infraestrutura de TI?
O conceito de infraestrutura de TI se refere ao conjunto de tecnologias e serviços que compõem a base de ferramentas digitais da empresa. Estamos falando não apenas de hardware, mas também de software e de contratos com provedores terceirizados.
O fato é que a equipe de TI deixou de ser a responsável por simplesmente “apagar incêndios” na empresa. Hoje, o setor atua de forma estratégica e suas decisões impactam diretamente no desempenho operacional e nos resultados do negócio.
Não é à toa que um bom inventário de ativos, por exemplo, deve abranger tanto os equipamentos físicos quanto as ferramentas virtuais. Em tempos de transformação digital, soluções de software — e os dados da empresa — se tornaram verdadeiros ativos da organização.
Essa infraestrutura é responsável por viabilizar o trabalho de boa parte dos departamentos de qualquer negócio, independentemente do seu setor de atuação. Basta observar como na Indústria 4.0, por exemplo, os equipamentos da fábrica estão cada vez mais conectados com a infraestrutura de TI.
Para ter uma noção mais clara daquilo que pode compor esse conjunto, veja alguns exemplos de ferramentas e serviços gerenciados pela TI:
- computadores;
- dispositivos móveis;
- roteadores;
- demais equipamentos de hardware (cabos, servidores, no-breaks etc.);
- soluções de software (aplicações voltadas ao usuário, de segurança etc.);
- equipamentos de climatização e controle de acesso aos servidores;
- serviços de conexão à internet;
- infraestrutura de rede;
- entre outros.
Aqui, um ponto que merece destaque é o papel de tecnologias como a cloud computing, impulsionadas pela transformação digital. A nuvem é hoje mais do que simplesmente uma ferramenta para as empresas: ela compõe a infraestrutura a ponto de proporcionar novos modelos de negócio totalmente digitais.
Vejamos, então, como se organiza a arquitetura nesses diferentes cenários.
Quais os tipos de infraestruturas de TI?
Grosso modo, existem quatro tipos diferentes de infraestrutura de TI, a depender da forma como a nuvem é empregada. Entenda as características de cada um.
Infraestrutura local
Nesse modelo, todos os recursos estão alocados na própria empresa. Desde os servidores até as ferramentas utilizadas pelos usuários finais, tudo é armazenado no próprio prédio da organização. Trata-se do modelo tradicional e mais antigo, mas que vem deixando de ser o mais utilizado.
Uma característica importante desse tipo de infraestrutura é justamente que a empresa fica responsável por toda a gestão dos recursos. Isso inclui compra, instalação, manutenção, substituição etc.
Naturalmente, tende a ser uma opção que envolve mais custos. Afinal, substituir equipamentos periodicamente envolve um investimento alto — e o próprio espaço necessário para manter servidores gera despesas para a empresa.
Nuvem pública
A nuvem pública é um modelo de serviço no qual os usuários alocam seus recursos em uma mesma infraestrutura fornecida pelo provedor. O espaço de armazenamento, por exemplo, é subdividido para que cada usuário tenha seu espaço delimitado, com acesso exclusivo.
Contudo, os servidores como um todo são particionados dessa forma, o que significa que a velocidade e a largura de banda da transmissão de dados, em certos casos, depende do comportamento geral dos usuários. Logo, trata-se de um modelo mais simples e acessível.
Engana-se quem pensa que apenas pequenas empresas adotam esse tipo de nuvem. Mesmo grandes corporações adotam a nuvem pública para alocar seus dados, por se tratar de um modelo econômico e bem versátil.
Nuvem privada
A nuvem privada permite que a empresa mantenha seus recursos alocados em uma infraestrutura fornecida por um provedor do serviço. Resumidamente, tanto o armazenamento quanto o processamento são transferidos para servidores externos.
Para acessá-los, basta ter uma conexão com a internet e as devidas credenciais de acesso. Na nuvem privada, o provedor de computação em nuvem oferece um espaço dedicado para o contratante. Assim, a empresa tem uma autonomia maior para decidir como o espaço e os recursos são gerenciados.
Em geral, é um modelo adotado por quem lida com dados mais sensíveis e quer um nível mais alto de segurança, disponibilidade e estabilidade na plataforma — o que não significa que outros modelos são totalmente vulneráveis.
Nuvem híbrida
Como o nome sugere, a nuvem híbrida é um modelo que combina características dos outros dois. Nele, sua empresa pode alocar parte dos seus recursos em um ambiente público e outra parte em uma cloud privada.
Essa estratégia costuma ser adotada por empresas que querem otimizar ao máximo o uso do serviço. Assim, enquanto os recursos alocados na nuvem pública envolvem custos menores, os dados mais sensíveis e plataformas que exigem um desempenho muito controlado podem ser alocadas na nuvem privada.
Vale destacar que todos os modelos de nuvem podem ser complementados por uma infraestrutura parcialmente alocada na empresa. Contudo, não é à toa que cada vez mais empresas adotam a cloud computing: o serviço traz uma série de benefícios que fazem dele um diferencial valioso.
Evidência disso é a popularização da Infraestrutura como Código — ou Infrastructure as Code — IAC. O conceito se refere ao gerenciamento dos recursos da TI por meio de códigos, em vez de processos manuais.
Em outras palavras, é uma gestão que tira o máximo proveito da nuvem, praticamente eliminando a presença de servidores e outros equipamentos nas instalações da empresa.
Qual a importância da infraestrutura de TI dentro de uma organização?
A infraestrutura de TI é a responsável por impulsionar a inovação na empresa, promovendo otimização de processos e um desempenho cada vez melhor. O objetivo vai muito além da simples automação, pois não se trata apenas de agilizar atividades.
Com uma boa infraestrutura em mãos, a TI pode mudar o próprio modelo de negócios da empresa. Os marketplaces, por exemplo, revolucionaram a forma como o varejo lida com o processo de compra e vendas. Hoje, é comum encontrar empresas que atuam 100% online em suas vendas.
Somado a isso, tecnologias inovadoras podem ser combinadas com a nuvem, trazendo outros benefícios para a organização. Entre as que mais se destacam, podemos citar como exemplo:
- Inteligência Artificial (IA);
- Internet das Coisas (IoT);
- Business Intelligence (BI);
- Machine Learning;
- Blockchain.
No caso da nuvem, estamos falando de um recurso que melhora a gestão dos dados da empresa e gera uma redução de custos significativa. Além de ganhar margem para investir em outras frentes, os recursos ficam acessíveis em um ambiente ágil, rápido e seguro.
Nos mais variados setores do mercado, o uso da TI vem ditando o ritmo de algumas mudanças e criando novos modelos de negócio. Por isso, investir no setor é fundamental para quem quer ser mais competitivo e conquistar seu espaço em um mercado tão disputado.
Como usar a infraestrutura de TI de forma estratégica?
Tendo em mente os benefícios de uma infraestrutura de TI eficiente, é interessante conhecer algumas práticas que ajudam a transformar esse cenário em realidade. Então, aqui vão algumas dicas que merecem atenção.
Identifique os gargalos
A infraestrutura de TI tem um grande potencial de solucionar problemas, agilizar processos, descomplicar a rotina dos funcionários e criar oportunidades. Contudo, cada empresa tem seus desafios específicos. Então, identifique seus gargalos para que a prioridade seja superar esses obstáculos.
Otimize o ambiente
Reduzir o retrabalho, automatizar processos e aumentar a segurança são ações que passam diretamente pelo uso inteligente da tecnologia. Portanto, ao identificar seus gargalos, busque recursos que ajudem sua empresa a lidar com eles para criar um ambiente cada vez mais ágil e eficiente.
Invista em automação
Não há mais espaço no mercado para empresas burocráticas. Sua concorrência está se movimentando, então é preciso estar um passo à frente. Nesse sentido, identificar processos que podem ser automatizados é fundamental para reduzir custos operacionais e agilizar a rotina de todos os departamentos.
Aplique novas tecnologias no setor
Vale a pena pesquisar de que forma seu setor tem utilizado a cloud computing e outras tecnologias nas rotinas de trabalho. Com base nisso, você pode começar a aprimorar sua infraestrutura de TI.
Ainda assim, lembre-se: a criatividade é valiosa no ambiente de TI. Tecnologias inovadoras que ainda não marcam presença no seu setor podem ser uma estratégia interessante para ter um diferencial frente à concorrência.
Crie um planejamento estratégico
A TI não pode ser gerenciada com base na implementação aleatória de soluções populares no mercado. É fundamental que cada mudança seja feita com base em objetivos claros, para que os resultados alcançados sejam mais previsíveis.
Conte com o apoio de uma empresa especializada
Aperfeiçoar a infraestrutura de TI pode ser um desafio. A boa notícia é que você não precisa investir pesado na formação de uma equipe própria para lidar com isso. Com um parceiro estratégico trabalhando ao seu lado, você conta com quem mais entende do assunto para otimizar sua equipe e seus recursos.
Depois de entender como tornar a infraestrutura de TI mais estratégica para a empresa, que tal saber qual a função da TI no processo de inovação? Acesse o nosso conteúdo que preparamos e fique por dentro!